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Como anda o seu inglês?

Há não muito tempo uma pessoa me procurou no IM para conversar sobre sua carreira. Ela me disse que no momento estava fazendo um curso de Java e me perguntou o que exatamente ela precisava para trabalhar numa empresa como o Yahoo!. Conversamos sobre algumas coisas até que perguntei sobre seu inglês. Para minha surpresa, ela disse que o curso de inglês iria ter que esperar um pouco porque naquele momento ela estava priorizando o curso de Java…

Se você está numa situação parecida, faça o seguinte: pare tudo que você está fazendo e vá aprender inglês. Sério, no nosso mercado é muito, mas muito mais importante do que você pode imaginar.

Em primeiro lugar, alguns dos melhores livros existentes só estão disponíveis em inglês. Poucos títulos são traduzidos e quando são levam alguns meses (ou anos) para tal, isso sem contar que as traduções muitas vezes são ruins. Por exemplo, o Domain-Driven Design do Eric Evans levou aproximadamente 5 anos para ser traduzido, o Patterns of Enterprise Application Architecture do Martin Fowler levou 4 anos, e por aí vai. Hoje em dia o tempo é menor que isso, mas mesmo assim é muito tempo. Ou seja, você não só vai ficar alguns meses (ou anos) para trás como também corre o risco de não ter acesso a uma boa parte do conteúdo mais relevante disponível.

Em segundo lugar, os grandes players de TI publicam seus blogs em inglês – assim como vários dos desenvolvedores mais influentes no mercado. De forma alguma estou desmerecendo os blogs em português (como esse aqui), mas grandes nomes como Robert Martin, Alistair Cockburn, Kent Beck – e mais algumas dezenas que eu poderia citar – escrevem em inglês. Isso sem contar as dúzias de blogs como o TechCrunch, Mashable, High Scalability ou até mesmo o xkcd. Se você não entende inglês você não poderá aproveitar todo esse conteúdo.

Em terceiro lugar, a maioria dos projetos Open Source relevantes são em inglês. Por exemplo, você está acompanhando o desenvolvimento do Node.js? Você já estudou Clojure? E o Rails 3? Linux? Python? Projetos da Apache Foundation? Se você já brincou com alguma dessas coisas (ou todas) certamente foi porque você sabe inglês. E você pode não somente usar essas coisas para desenvolver como também estudar os códigos para entender como funcionam ou contribuir com os projetos. Enfim, um mundo gigantesco de oportunidades.

Eu poderia dar mais um monte de motivos – como dizer que a maioria dos lugares mais relevantes que todo mundo gostaria de trabalhar vão exigir que você saiba inglês – mas acho que só isso já é mais do que suficiente. Inglês é uma das coisas mais essenciais para profissionais de desenvolvimento de software e você não pode ignorar isso. Corra atrás e aprenda inglês “pra ontem”, essa é sua prioridade número um!

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O segredo para ser bem sucedido

Já me perguntaram mais de uma vez qual é o segredo para ser um bom desenvolvedor de software. Mas será mesmo que tem um segredo? Não sei ao certo, mas eu tenho meu palpite.

Existem várias coisas que te levam a ser um ótimo profissional. Por exemplo, estudar muito e constantemente é uma delas. Não consigo ver como um desenvolvedor poderia sobreviver por muito tempo nessa profissão sem se atualizar profissionalmente e conhecer as últimas novidades do mercado. Entender inglês seria outra delas, visto que a maioria do conteúdo relevante nesta área está apenas em inglês e vários dos melhores profissionais da área só se comunicam/escrevem nessa língua. Também é preciso ser pró-ativo, esforçado, saber trabalhar em equipe, etc, etc, etc. Mas até agora, tudo isso é bem óbvio.

Na minha opinião o segredo é a paixão.

Veja só, eu não acordo todo dia e vou para o trabalho só porque quero ganhar dinheiro ou porque sou obrigado a fazer isso. Não fico até as 5 horas da manhã hackeando as “entranhas” do Rhino com Java porque alguém na minha empresa pediu ou espera que eu faça isso. Não fico pensando em separar um tempinho por dia para ler as últimas novidades ou testar novas APIs porque sei que preciso me atualizar senão vou ficar para trás. Faço tudo isso e muito mais simplesmente porque adoro o que eu faço. Não é um grande esforço ou uma obrigação, é simplesmente natural.

No meu modo de ver as coisas, o sujeito que vai para o trabalho “bater ponto” e não gosta do que faz tem poucas chances de ser um ótimo profissional. Ele pode até conseguir fazer as coisas que lhe pedem, mas será apenas mais um cara mediano no meio de muitos outros.

Olhando para trás e vendo os profissionais mais bem qualificados com quem já trabalhei ou trabalho, grande parte deles faz(ia) a diferença porque são apaixonados pelo que fazem. Eles não apenas fazem o que precisam para concluir o seu trabalho, mas são aqueles que se dispõem a ir além de onde todos os outros vão, porque querem exceder as expectativas e querem ser os melhores. Além da minha experiência pessoal, essas pessoas bem sucedidas me fazem acreditar ainda mais que a paixão é um dos fatores mais importantes para o sucesso profissional.

Empenhe-se e dê o melhor de si que os frutos virão com o tempo. Trabalhe com o que você ama e não tem como dar errado, você será bem sucedido!