Categories
Etc.

A volta dos que não foram

Um ano sem postar aqui. Um ano! Já passou da hora de sacudir a poeira.

Muita, muita coisa mudou desde o último post. Mudei para os Estados Unidos, trabalhei em vários projetos diferentes, viajei bastante, perdi uns 40 quilos (mas aqui nos EUA eu falo que perdi 80 pounds para parecer mais grandioso!), tive mais uma filha, fiz um “double-double” na liga de basquete do Yahoo! hoje… Tanta coisa aconteceu que fica até difícil de decidir por onde começar.

Fazendo uma retrospectiva rápida, o resumo desse últimos 12 meses é que aprendi mais do que em qualquer outro ano da minha vida. Consegui construir um dos times mais competentes que já participei, fizemos um projeto do zero que é o ponto central de todo o Yahoo!, sem contar os outros que continuamos, até chegar nesse ponto onde estamos hoje, trabalhando num produto que tem mais usuários do que habitantes no Brasil! Dá para passar dias escrevendo sobre isso tudo.

Para poder focar nesses projetos e na minha vinda para os EUA (e na saúde, e na família), tive que sumir um pouco e não fui em nenhum evento depois do BrazilJS em Maio/2011. Fiquei triste também de ter que cancelar algumas palestras que já estavam marcadas em conferências como a QCon e a Codestrong, mas olhando para trás acho que isso foi essencial para permitir colocar 100% do cérebro trabalhando nas coisas mais importantes. Quem sabe em 2013 (se o mundo não acabar antes)…

A boa notícia é que agora as coisas estão mais estabilizadas e estou ansioso para voltar a discutir sobre as coisas que acontecem por aí. Para mim sempre foi muito bom escrever porque me fez aprender ainda mais, não só sobre tecnologia e trabalho como também sobre português (principalmente graças a alguns caras como o Denilson e o Pedro que sempre me mandam correções por e-mail quando escrevo errado). 🙂

Está na hora de organizar as ideias novamente e começar a postar. Estou de volta!

Update: Para tirar a poeira do meu outro blog (em inglês), acabei escrevendo o primeiro post por lá.

Categories
Etc.

Procrastination considered harmful?

Procrastination considered harmful? Not anymore!

No ano passado desobrí um negócio chamado structured procrastination. John Perry, o criador da idéia, explica do que se trata:

I have been intending to write this essay for months. Why am I finally doing it? Because I finally found some uncommitted time? Wrong. I have papers to grade, textbook orders to fill out, an NSF proposal to referee, dissertation drafts to read. I am working on this essay as a way of not doing all of those things. This is the essence of what I call structured procrastination, an amazing strategy I have discovered that converts procrastinators into effective human beings, respected and admired for all that they can accomplish and the good use they make of time. All procrastinators put off things they have to do. Structured procrastination is the art of making this bad trait work for you. The key idea is that procrastinating does not mean doing absolutely nothing. Procrastinators seldom do absolutely nothing; they do marginally useful things, like gardening or sharpening pencils or making a diagram of how they will reorganize their files when they get around to it. Why does the procrastinator do these things? Because they are a way of not doing something more important. If all the procrastinator had left to do was to sharpen some pencils, no force on earth could get him do it. However, the procrastinator can be motivated to do difficult, timely and important tasks, as long as these tasks are a way of not doing something more important.

Structured procrastination means shaping the structure of the tasks one has to do in a way that exploits this fact. The list of tasks one has in mind will be ordered by importance. Tasks that seem most urgent and important are on top. But there are also worthwhile tasks to perform lower down on the list. Doing these tasks becomes a way of not doing the things higher up on the list. With this sort of appropriate task structure, the procrastinator becomes a useful citizen. Indeed, the procrastinator can even acquire, as I have, a reputation for getting a lot done.

Há mais ou menos uns 6 meses decidí adotar gradativamente essas práticas de procrastinação estruturada (ou o certo seria protelação estruturada?). Quanto mais o tempo passa e eu evoluo, mais e mais coisas consigo fazer! Por mais que isso possa parecer uma desorganização total, é muito efetivo.

To-Do listsBasicamente minha única ferramenta é uma lista de coisas a fazer, que procuro manter em ordem de prioridade. Tenho uma meia dúzia de post-its na minha frente com várias coisas que preciso fazer, desde coisas importantíssimas até coisas totalmente supérfluas. Em alguns casos uso até cores para identificar itens mais importantes ou de um certo tipo (como tarefas pessoais ou coisas que se eu não fizer urgentemente posso atrapalhar alguém). Sempre que me lembro de alguma coisa nova, anoto em um post-it e aquilo entra automaticamente na fila. Quando lembro de coisas no meio da rua ou em casa quando estou dormindo, procuro rapidamente anotar em algum lugar para depois poder esquecer tranquilo, e daí quando chego no trabalho eu reorganizo a lista. Ao terminar uma tarefa, simplesmente faço um X do lado para indicar, e de tempos em tempos, faço um refactoring da lista inteira para caber em dois ou três post-its.

Estou bem satisfeito com essa nova forma de trabalhar, porque dessa forma posso tirar o máximo dessa minha característica proteladora! Ultimamente incluí até mesmo tarefas como “ler e-mails” e “blogar” na minha lista, motivo pelo qual só estou blogando depois de quase 3 semanas. Esses últimos dias foram super agitados e minha lista me ajudou a priorizar todas as coisas mais urgentes!

Categories
Google Microsoft

Será que é tão bom assim trabalhar no Google?

Todo mundo já deve ter lido em vários lugares vários motivos para querer trabalhar no Google. Mas até agora ninguém havia escrito nada sobre as coisas ruins de se trabalhar lá.

Eis que acontece o seguinte: pelo que eu entendí, um fulano que trabalhava para a Microsoft saiu da empresa para montar uma startup. Essa startup foi comprada pelo Google e conseqüentemente o cara virou funcionário do Google. Depois de um tempo esse cara foi contratado novamente pela Microsoft. Quando ele foi re-contratado, ele falou sobre suas experiências no Google comparando com as experiências que teve na Microsoft.

Então o contratador resolveu divulgar para a empresa toda (Microsoft) a opinião do ex-Google, e um anônimo pegou este e-mail interno da Microsoft e criou um blog anônimo falando sobre algumas coisas não tão boas sobre o Google e que ninguém até agora havia comentado.

Será que é verdade mesmo?