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[Agile 2008 Conference] Henrik Kniberg: 10 ways to screw up with Scrum and XP

Gostei muito da apresentação do Henrik Kniberg “ensinando” 10 maneiras para arruinar seus projetos mesmo usando XP e Scrum. É óbvio que eu não quero acabar com os meus projetos, mas é legal debater sobre os erros mais comuns nas adoções de metodologias ágeis e seus motivos para poder evitá-los.

Uma coisa interessante é que o Henrik costuma usar com sucesso a mesma combinação de XP e Scrum que usamos na Globo.com. Não por acaso, tanto o seu livro Scrum and XP from the Trenches quanto a apresentação (mesmo quando ainda não tinha assistido) e o seu blog sempre foram boas fontes de referência para mim.

Resumidamente, as 10 maneiras mais comuns de arruinar projetos com XP e Scrum são:

  • Futilidades: debates homéricos sobre coisas como “vamos usar cartões ou post-its” quando o time sequer tem um P.O.! Os problemas devem ser atacados em ordem de importância. Além disso, a aplicação do processo não precisa ser perfeita desde o início. Good enough is good enough.
  • Definition of Done: muitos times não tem uma definição de pronto ou não respeitam essa definição. Isso não só é essencial como também é preciso que o cumprimento desta definição esteja dentro do controle do time.
  • Velocidade: não é conhecida, usada ou é muito variável ao longo das iterações.
  • Retrospectivas: não há retrospectivas e o time não evolui suas práticas ao longo do tempo aproveitando-se dos aprendizados obtidos nas iterações.
  • Comprometimento do time: time é cobrado e sempre culpado por erros em estimativas. Isso faz com que eles sempre se comprometam com menos do que podem fazer, com medo de serem culpados novamente.
  • Débito técnico: é totalmente ignorado e só cresce ao longo das iterações.
  • Trabalho em equipe: não há trabalho em equipe e existem tarefas fixas para determinadas pessoas, o que faz com que várias histórias sejam implementadas em paralelo.
  • Product Backlog: não existe ou não está priorizado corretamente.
  • Integrações da base de código: não existe um branch onde o código pode ser lançado em produção a qualquer momento e a gerência da base de código não é agil.
  • Sprint Backlog/quadro de tarefas: não existe, está longe do time, é muito complicado ou não é usado durante o Daily Scrum e atualizado diariamente.

É óbvio que essas não são as únicas maneiras de fazer besteiras em projetos com XP e Scrum e pode até ser também que tenham algumas maneiras mais “eficazes” que essas. No entanto esses problemas são muito comuns e acho que por isso mereceram destaque na apresentação.

Você pode encontrar os slides da apresentação no site do Henrik Kniberg. Esses slides são de uma apresentação um pouco mais antiga mas não há muitas diferenças.

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Scrum checklists

Sei que isso já é um pouco antigo, porém, antes tarde do que nunca! 🙂

Para quem está começando a praticar o Scrum, às vezes é um pouco complicado lembrar de todas as regras (apesar de serem poucas). Entretanto, é altamente recomendável seguir todas essas regras à risca, especialmente no início da adoção quando ainda não se tem muita experiência/conhecimento sobre o framework.

Por estes motivos as checklists são muito úteis! O objetivo delas é que você possa ter um micro guia de referência, para andar debaixo do braço e te ajudar a seguir e lembrar das regras.

Recomendo duas:

1) Checklist do Boris Gloger/SPRiNT-iT: essa foi a primeira que eu conhecí e a que mais usei. Quando fiz o curso de Scrum Master, o Boris deu uma versão impressa para os alunos, que é de excelente qualidade (tanto no conteúdo como no material). Ela é feita em papel duro e tem um espaço para anotações ao lado das páginas. Se você imprimir este PDF numa gráfica, deve ficar show de bola!

2) Checklist do Henrik Kniberg/Crisp: essa checklist é muito mais resumida, mas também tem várias informações legais. Neste caso não é um livreto, mas um mind map com vários tópicos importantes para se lembrar.

Combinando essas duas checklists você terá um excelente guia de bolso!